terça-feira, 17 de março de 2020

SANTA CATARINA DE SENA


    Filha de religioso tintureiro da Toscana, de vinte e quatro filhos a caçula, aos 7 anos consagrou sua virgindade a Cristo e aos 15 entrou para a ordem terceira dos dominicanos. Ainda aos 6, teve sua primeira visão, que jamais esqueceria: no ar, pairando sobre a igreja de São Domingos, Jesus apareceu-lhe com as vestes do Papa, sentado num luminoso trono e ladeado por São PedroSão Paulo e São João Evangelista.
    E desde muito nova começou a fazer penitências, entre elas frequentes votos de silêncio. O salmista cantou essa espiritualidade: "Confia ao Senhor tua sorte, n'Ele espera e Ele agirá. Em silêncio, abandona-te ao Senhor, n'Ele põe tua esperança." Sl 36,5.7a
    De 1362 a 1374, isto é, entre 15 e 27 anos, praticou rigoroso jejum de pão e água e viveu em clausura, período em que se manteve em perfeita "Comunhão com Deus", segundo suas próprias palavras. Foi contemplada com indizíveis Graças como o 'casamento místico' com Jesus, a 'morte mística', quando conheceu o inferno, o Purgatório e o Céu, e a 'troca mística de Coração' com Jesus, para experimentar Seu amor pela humanidade.
    Só deixou a clausura quando a Europa foi assolada pela peste negra, também chamada bubônica, para desveladamente ajudar centenas de enfermos. De modo miraculoso curou muitos deles, mas principalmente tratava de salvar-lhes as almas, convertendo-os através de penitências que ela mesma cumpria, convidando-os às orações e até exorcizando-os.


    Ainda 1374, ao comungar, recebeu os estigmas de Cristo: suas mãos, seus pés e o lado direito foram perfurados por raios que saíam do crucifixo do altar da igreja de Santa Cristina, em Pisa. Jesus escolheu-a para trabalhar pela Igreja e pela Paz, e mostraria que "uma fraca mulher pode envergonhar o orgulho dos fortes." As dores eram tão intensas, porém, que muitas vezes ela não conseguia nem comer e nem falar, recebendo apenas a Comunhão Eucarística. E em preces não pedia a Jesus que lhe tirasse os estigmas, mas que eles não fossem visíveis, para não causar mais intrigas com os religiosos que, por ignorância ou mesmo pecaminosidade, já lhe faziam forte oposição.
    Em várias ocasiões, enquanto rezava, foi vista levitando. E um dia, ao preparar-se para comungar, o padre viu a Hóstia Consagrada transformar-se em Carne, agitar-Se em sua mão e saltar de seus dedos para a boca de Santa Catarina.
    Desde de 1309 o Papa estava vivendo no sul da França, na cidade de Avignon, por questões de segurança, dadas as guerras entre cidades italianas que também se insurgiam contra seu poder. Aí ele contava com a proteção da armada do rei francês. Mas em 1376 houve um novo levante contra a autoridade da Igreja nas cidades italianas de Perúgia, Florença, Pisa e na região da Toscana, e Santa Catarina ditou várias cartas ao Sumo Pontífice, exortando-o a voltar a Roma para pessoalmente tratar do assunto e pacificar o rebanho de Cristo, como em 1367 Santa Brígida da Suécia conseguiu convencer seu antecessor, Santo Urbano V, ainda que aí ele só tenha podido permanecer por menos de três anos.
    Vendo infrutífero esse esforço, pôs-se a caminho de Avignon e poucos dias após chegar, inteirando-se de tudo que ali passava, tratou de denunciar a impenitência de cardeais e bispos, assim como vícios burgueses que adquiriram e as interferências políticas do rei e dos nobres nos assuntos da Igreja. Tanto impressionou a todos por sua lucidez, coragem e conhecimento da vontade de Deus, que foi convidada pelo próprio Papa para pronunciar-se no Consistório dos Cardeais.
    Conseguiu, enfim, convencer o Papa a voltar a Roma. Mesmo contra a vontade do rei e de alguns dos membros da Cúria, em 1377 Gregório XI iniciou a viagem de volta. Chegou a hesitar durante o trajeto, mas acabou completando-a sob as exortações de Santa Catarina, que o acompanhava.
    Aí, porém, o Pontífice não teve fáceis dias. A república de Florença rebelou-se outra vez contra sua presença, chegando a obter apoio de muitas cidades italianas e até organizar uma milícia para combatê-lo. Ele, contudo, após resistir como pôde através de vários interditos, acolheu os apelos de Santa Catarina, que pedia paciência para com seus "rebeldes filhos". Mesmo sabendo da grande rejeição que enfrentaria, ela assumiu a frente das negociações e visitou várias dessas cidades, habilmente dialogando com as autoridades. Em Florença, quase foi martirizada.


    No seguinte ano, debilitado e envelhecido, Gregório XI veio a falecer. Eleito Urbano VI, desde o início teve a oposição de três intransigentes cardeias, que terminaram retornando a Avignon e aí elegeram dentre si um anti-papa. Era o Grande Cisma do Ocidente. Santa Catarina ativamente engajou-se em defesa do Papa, por toda parte viajando e exortando em favor da unidade da Igreja e da obediência ao Sumo Pontífice. Sobre esse e vários outros assuntos, religiosos e sociais, acabou sendo adotada como conselheira por nobres, príncipes, rainhas e reis, além de muitos bispos e do próprio Papa.
    Duramente falou à rainha de Nápoles e ao tirano de Milão. Perante o rei da França, recriminou-o pela guerra contra irmãos cristãos, enquanto tentava estimulá-lo às cruzadas, que era um antigo anseio, mesmo um clamor popular, além de sonho de muitos jovens da época, religiosos ou não, em todos países cristãos. Essa sim seria uma justa guerra, para o bem da cristandade, dos monumentos, dos lugares e da sagrada memória. Também denunciava os reis que contratavam brutais mercenários, e em matanças conflagravam a Europa com seus exércitos.
    Dadas as modestas condições de sua família, e tão severas foram suas práticas espirituais desde o início da idade adulta, não foi alfabetizada e assim se manteve até os 30 anos, quando por milagre aprendeu sozinha a ler em italiano e latim e a escrever. Numa de suas cartas de próprio punho, relata ter recebido lições sobre os assuntos da Igreja diretamente de São João Evangelista e São Tomás de Aquino.


    Em algumas ocasiões, enquanto entrava em êxtase, pedia que anotassem suas palavras. Elas tornaram-se o livro 'Diálogo sobre a Divina Providência', obra que é considerada uma das maiores do misticismo cristão, onde se lê as revelações que recebia, as concepções teológicas e os argumentos sobre sua espiritualidade.
    Foi uma pacificadora da Igreja e da Itália em difíceis tempos, exatamente no início do decaimento da cristandade na Europa, solapado pelo 'humanismo' irresponsavelmente acalentado por supostos católicos e que se revelaria mera porta de perdição, levando ao protestantismo e, pouco mais tarde, ao próprio ateísmo e sua mais diabólica invenção: o comunismo.
    É a única leiga das quatro mulheres que receberam o título de Doutora da Igreja.


    Sua inspiração é evidente. Perfeitamente mistura-se com as locuções internas que tinha:
    "É obrigação de todos edificar os demais com uma boa, santa e honesta vida."
    "Não obrigues outras pessoas a viver como tu vives."
    "Ninguém deve desejar satisfações e visões espirituais, aspire somente a Virtude."
    "Oh, quão doce e gloriosa é esta virtude da obediência! Nela estão todas outras virtudes, porque é concebida e gerada pela caridade. Nela está fundada a pedra da santíssima fé. É rainha tal que quem a desposa nenhum mal padece, mas tem Paz e tranquilidade. As ondas do tempestuoso mar não podem prejudicá-la e não a ofende tempestade alguma."
    "O caminho para atingir o verdadeiro conhecimento e a experiência de Deus é este: nunca abandonar o auto-conhecimento."
    "A humildade brota do auto-conhecimento."
    "Conhecendo-te, tu humilhar-te-ás ao perceber que, por ti mesma, nada és."
    "O orgulho é a raiz de todos vícios."
    "Querendo progredir, é preciso que tenhais sede."
    "A Divina Providência jamais falta ao homem, sob a condição de que ele a aceite."
    "Nesta vida ninguém vive sem Cruz."
    "Os males desta existência não são punições, mas correção a filho que ofende."
    "Devemos tudo suportar, porque o sofrimento é pequeno e a recompensa é grande."
    "A pessoa que sofre compartilha mais as dores dos outros que aqueles que nada padecem."
    "Nada mais desejo que vossa santificação."
    "Tudo quanto Eu quero ou permito tem uma finalidade: que atinjas a meta para a qual vos criei."
    "Eu recompenso quem trabalha por Minha Glória. Sou alegre e faço feliz quem cumpre Minha vontade."
    "Ao querer dar um grande tesouro a um homem, associo-lhe o peso de muitas dificuldades."
    "Eu quero que sejais Santos. Tudo que vos acontece tem essa finalidade."
    "O demônio é fraco e nada pode além daquilo que Eu lhe permita."
    "É na adversidade que se prova ter paciência e amor."
    "Por amor Deus vos criou, sem amor não podeis viver."
    "Só Tu és o Amor, somente digno de ser amado!"
    "O amor por Mim e pelo próximo são uma só coisa."
    "Toda virtude se realiza em relação ao próximo, bem como todo pecado."
    "Eu considero feito a Mim o que fazeis aos homens."
    "Ao optar por Meu amor, o homem também faz opção de sofrer por Minha causa, qualquer que seja a modalidade da dor."
    "Pelo amor, o homem torna-se outro Cristo. É pelo amor que o homem se une a Deus."
    "Todo mal é ausência de amor."
    "Deus não deu todas qualidades nem deixou ninguém sem qualidade alguma. Por isso, precisamos um dos outros."
    "Jovens, se fores aquilo que Deus quer, colocareis fogo no mundo."
    "amizade cuja fonte é Deus, nunca se esgota."
    "Foi no depositório da eclesiástica hierarquia que Eu guardei o Corpo e o Sangue de Meu Filho."
    "Foi no seio da Igreja hierárquica que o Senhor depositou Seu mais precioso tesouro."
    "A Eucaristia é o mais apto meio para a união do homem com Deus e maior conhecimento da Verdade."
    "Tenham a certeza de que quando eu morrer, a única causa de minha morte será meu amor pela Igreja."
    "Oh meu padre, se o senhor tivesse visto a beleza de uma só alma em estado de Graça, estaria pronto a morrer mil mortes por uma só!"
    "Oh MariaTemplo da Santíssima Trindade! Oh Maria portadora do fogo e da Misericórdia… Oh Maria, co-redentora do gênero humano porque, tendo vós fornecido vossa carne ao Verbo, foi resgatado o mundo. Resgatou-o Cristo com Sua Paixão, e vós, com vossa dor de corpo e de alma, com vossa compaixão."
    "Pai Eterno, que motivo Vos fez constituir o homem em tão grande dignidade? Foi o inefável amor pelo qual enxergastes em Vós mesmo Vossa criatura, e apaixonastes-Vos por ela! Pois foi por amor que a criastes, foi por amor que lhe destes o ser capaz de degustar Vosso Sumo e Eterno Bem."
    "Somos Vossa imagem e Vós, a Nossa, pela união que realizastes no homem, velando a divindade com a miserável nuvem e massa corrompida de Adão. Quem foi a causa? O amor. Vós, ó Deus, fizestes-Vos homem e o homem tornou-se Deus."
    "Vós, Eterna Trindade, sois Meu Criador e eu, Vossa criatura. De novo criastes-Me, no Sangue de Vosso Filho. Nesta nova criação, conheci que Vos enamorastes da beleza de Vossa criatura."
    "Oh Eterna Trindade, foco e abismo de caridade, dissolvei já a nuvem deste meu corpo! O conhecimento que me destes de Vós, em Vossa Verdade, impele-me ao desejo de livrar-me do peso deste meu corpo e dar a vida pela Glória e louvor de Vosso Nome! Pois saboreei e vi, com a luz do intelecto, em Vossa Luz, Vosso abismo, Eterna Trindade, e a beleza de Vossa criatura."
    "Ó abismo, ó Eterna Divindade, ó profundo mar! E que mais poderíeis dar-me que Vos dar a mim? Sois fogo que sempre arde e não consome. Sois fogo que consome todo amor-próprio da alma. Sois fogo que destrói toda frieza."
    "Oh Eterno e Infinito Bem, oh louco de amor! Será que necessitais de Vossa criatura? Parece-me que sim, pois agis como se sem ela não pudésseis viver, embora sejais Vós a Vida, pois todos seres recebem a vida de Vós, e sem Vós ninguém vive… Vós enamorastes-Vos de Vossa criatura, nela pusestes Vossa complacência, como ébrio de sua Salvação! Foge de Vós, e andais à sua procura! De Vós afasta-se, e dela aproximais-Vos!"
    "Disse-me o Senhor: ‘Assim que uma alma entra no Céu, todos eleitos participam de sua glória e assim também ela participa da felicidade de todos. Meus eleitos viverão na alegria, é a felicidade proporcionada pela visão de Minha Divindade e a companhia de Jesus, Cordeiro Imolado. É uma Paz, uma perfeita alegria, uma Luz sem sombras, uma soberana, infinita, ilimitada felicidade."

    Morreu em 1380, no dia 29 de abril, aos 33 anos, mas em 1430, ao ser exumado, seu corpo ainda estava incorrupto. Além do livro citado, deixou 381 cartas e 26 orações da mais pura inspiração.
    É co-Padroeira do continente europeu junto à Santa Edith Stein e Santa Brígida da Suécia, além de co-Padroeira da Itália, junto a São Francisco de Assis, e padroeira dos consultores.
    Suas relíquias encontram-se sob o altar principal da Basílica de Santa Maria sopra Minerva, no centro de Roma, uma construção do século XIV, a única igreja em estilo gótico da Cidade Eterna. Seu rosto, exposto numa capela em sua homenagem, ainda não se decompôs por completo.

    Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

domingo, 17 de junho de 2018

O LORDE E O VIAJANTE

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VIAJANTE ERA O NOME DE UM CÃO POLICIAL E LORDE, O DE UM VIRA-LATA
Que eu me lembre eram somente dois cachorros, mas deveria haver mais alguns de menor importância de que não me lembro. 
Viviam eles no terreiro e também dentro do rancho de pau a pique, muito dóceis com os quais brincavam eu e minha irmãzinha mais nova.

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Um era cão policial chamado Viajante e o outro era um vira lata, pelagem lisa e curta, cor avermelhada chamado de Lorde. 


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O adultos advertiam as crianças: "Cuidado que o Lorde te morde!".

Eram cães de caça que acompanhavam o tio Donato que, na mata, parecia um índio. Caçava-se todo tipo de aves entre os quais, Jacus - jacuaçu, ave também conhecida como jacuguaçu encontrada no norte paranaense, na água das Antas. Vejam o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=0hbaPjSKkAw
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JACU
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QUECHADA
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CAETETU
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JACUTINGA
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PACA
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ANTA

Às vezes era encontrada também jacutinga, mas na maior das vezes eram apanhadas caças de maior porte, principalmente veados, capivaras, pacas, queixadas, catetu (caetetu). 

Uma vez vi uma anta e fiquei admirado por sua clina parecida com a de cavalos. 
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ANTA COM FILHOTE











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VEADO





Precisava caçar? Não por falta de carne, porque se criavam porcos e galinhas em abundância.
Mas o tio Donato amava caçar.

Às vezes internava-se na mata e voltava vários dias depois sempre trazendo grande quantidade de caça.

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Um dia aconteceu o inesperado. Ouvimos o ganido de cachorro na mata do outro lado do córrego das Antas.

Imediatamente o tio Donato correu para o lugar donde vinham os latidos.

Passaram-se algumas horas e o tio Donato apareceu com o Viajante morto sobre o pescoço.

Chorava inconsolavelmente.

O cachorro de que tanto gostava tinha sido picado por uma cobra.

domingo, 1 de abril de 2018

TIO JUCA E TIA DITA - UM MOLEQUINHO PRA LÁ DE ACANHADO!


COMO SE DEU O ARRANJO DO CASAMENTO entre os futuros sogros de meu tio Juca (115) e a Dinha (21), viúva.

Morávamos em um ranchão de pau-a-pique, coberto de tabuinhas na água das Antas, perto do Patrimônio de Santo Inácio, há poucos quilômetros do Paranazão. Éramos a Dinha, O tio Donato, tio Juca, tio Nicomedes, tio Lazinho, minha mãe (há algum tempo tinha largado de meu pai), a rosinha, minha irmã mais nova e eu. No rancho havia apenas dois cômodos: a sala e a cozinha. A sala servia para receber visitas especiais e para dormir; a cozinha ainda servia para receber visitas mais íntimas. Comia-se na cozinha, na sala e no terreiro.

PRIMEIRA IGREJINHA DE SANTO INÁCIO - Teria eu aí em torno de 6 anos. Por que marginalizado? É que que na foto só estavam mulheres e aí me mandaram sair do grupo e mesmo assim ainda fui retratado! Estou à direita. A menininha mais perto de mim é a minha irmãzinha, a Rosinha que morreu aos 7 anos e foi sepultada em Jaguapitã-PR. No pescoço dela está o braço da Terezinha, filha da primeira professora do "Patrimônio" de Santo Inácio.

Eu, um garotinho de apenas 5 anos, brincava pelas redondezas e de quando em vez dava uma chegada no rancho. Numa dessas vezes se deu o inesperado. Acabei ficando completamente desconcertado ao me deparar com algo que jamais esperava encontrar. Ao entrar na sala vi várias pessoas, mas uma em especial despertou excessivamente minha atenção. Era a dona Eugênia Teodoro (a Mandie em guarani), que de tão bonita que estava, toda produzida, com os recursos dos anos 40 e na roça, chegou a me assustar. Surpreso, passei por todos completamente confuso para refugiar-me na cozinha. Ninguém deu a mínima atenção para mim, um garotinho da roça com apenas 5 anos de idade. Por isso, ninguém percebeu o meu enorme espanto.




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Pois bem. Procurei refúgio na cozinha, mas foi exatamente ali que se deu o cúmulo de meu constrangimento. 

Lá estava a futura tia Dita, vestida com um traje que jamais pensava existir no mundo. Ela envergava um lindo vestido de seda tudo azul. Parecia, para mim, algo de outro planeta, ou talvez, um anjo descido do céu. Não tinha como ficar mais aturdido do que já estava. Tamanho era o meu acanhamento que passei direto por todos e fui, encabuladíssimo, curtir toda minha confusão bem longe do rancho de minha avó.


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Pele clara? Qual nada! A tia Dita era filha de pai e mãe índios. Bonita? Para mim era mais que isso!


Por ser tão bobinho sequer se lembraram de me contar do que se tratava e eu também nem tinha curiosidade de perguntar.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

FAMÍLIA GARCIA

A família Garcia é muito conhecida no Brasil. Por aqui, a sua popularidade é alta, mas existe um país onde os descendentes tem mais força. Confira abaixo um pouco da história, curiosidades e modelos de brasão dos Garcia.

O sobrenome Garcia, assim como tantos outros, não surgiu no Brasil, por uma simples razão de que o Brasil foi colonizado e habitado primeiramente por estrangeiros. Dessa forma, os sobrenomes vêm de outros países e acabam ganhando popularidade uma vez que os imigrantes fizeram do Brasil sua nova morada.

Origem da família Garcia

Este é um sobrenome português de provável origem ibérica. A forma Garcias dá a ideia de que este seja um patronímico, ou seja, derivado de um nome próprio, assim como Garcez. Esta é só uma das origens deste sobrenome, que teve outra maneira de ser constituído.
Alguns historiadores afirmam que este vem do basco Harsea (o urso). O que acontece é que provavelmente ele tenha vindo também de gartzea (o jovem). Por isso, há uma certa confusão entre os historiadores sobre a verdadeira origem dos Garcia.
É possível que todas as origens apresentadas sejam verdadeiras. Desse modo, estas são famílias independentes que possuem o mesmo sobrenome, mas não o mesmo sangue.

Curiosidades

Na Espanha, este sobrenome é bastante popular. Há uma estimativa de que 5% dos espanhois sejam descendentes dos Garcia.


Variantes do sobrenome Garcia
Em documentos antigos foram encontrados registros das variantes Garsia, Garsea e Garcea.  Garcez, Garce, Garcey, Garseso, Garcés, Garsía, Garcíaz, Carcía também são outras formas. Mesmo assim, a mais utilizada, popular nos dias de hoje é Garcia ou García.
As outras grafias mostradas anteriormente também podem ser encontradas, mas com certa dificuldade. Desde que Garcia se firmou como está, as famílias passaram o sobrenome atual aos descendentes.

Brasão da Família Garcia

O brasão encontrado para a família Garcia de Portugual é feito de prata, com três leopardos de vermelho, armados e lampassados de azul, um sobre outro. Este é um dos modelos encontrados que , ao que parece, é o mais original desta família.

Outros modelos de brasões são encontrados. Existe até mesmo um modelo em que uma garça é encontrada no escudo, fazendo referencia a outra provável origem deste sobrenome. Uma característica bem comum nesses brasões é a cor vermelha.
brasao-sobrenome-familia-garcia
brasao-sobrenome-familia-garcia-espanha
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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

PERDEU A NAMORADA PARA UM PARENTE COM O DOBRO DE SUA IDADE

FOI ASSIM QUE O LICO VILELA ACABOU PERDENDO  A NAMORADA PARA UM PARENTE COM QUASE O DOBRO DE SUA IDADE

Lico Vilela com sua Filha Lúcia


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O Lico (Hilarindo Garcia da Silva), agora com os seus 91 anos de idade, se diverte  quando narra o fato de um outro seu parente lhe quebrar a asa. Segundo nos reconta sua filha Lúcia, seu pai deveria ter uns 17 anos quando começou a namorar uma moça muito legal.

Era a prima Elídia, filha da tia dele, chamada Josina, irmã de seu Pai José Garcia. O sr. Antônio Goulart, pai da moça, não comia nada enrolado. Era o tipo severíssimo para com os filhos. Por isso, andavam dizendo que ela vivia doidinha para se casar, a fim de se livrar da tutela do pai carrancudo.

O namoro transcorria maravilhosamente tranquilo, embora rigorosamente vigiado pelo pai e pela mãe da moça.

Inadmissível para época, o fato de o namoro alongar-se por muito tempo. Ela nada falara sobre casamento e ele também. O namoro prolongava-se por uns 4 anos.




Foi aí que apareceu um tal de Dico (Arcedino. Arcedico, Dico), filho da Maria Cândida e Olímpio e neto de um dos cabeças da família Garcia, sr. Joaquim Garcia, irmão de meu avô Francisco Garcia da Silva (Vejam a sua ascendência logo abaixo).


Solteirão e com o dobro da idade do Lico já ultrapassava a casa dos 40.


Viera decidido a se casar com a bela prima Elídia.




Sem nenhuma cerimônia, já foi pedindo a mão da moça em casamento.



Independentemente do consentimento da filha, o sr. Antônio Goulart, na hora, concordou sem pestanejar e, a partir daí, tudo ficou arranjado. E, diga-se de passagem, a moça não se fez de rogada aceitando o casamento sem qualquer reserva.
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Primeira Reunião da Família "Garcia da Silva" em Capitólio-MG em julho de 2015

O Lico, que se diverte com esta narrativa, teve de se arranjar com outra consorte, bem mais tarde, tendo com ela vivido muito bem, graças a Deus!



DETALHE: O moço antes de pedir alguém em casamento teria de obter a autorização de seu próprio pai.


NOTA TRISTE - No dia 22/09/2017, com imenso pesar, recebi de sua filha Elidia Eunice a notícia de seu falecimento à 1:30 h da manhã. Ele tinha sido internado em 28 de agosto com grave pneumonia nos dois pulmões e não estava respondendo aos medicamento ministrados.