A Luíza era filha de um ex-escravo que continuou como agregado de João Caetano Alves, cuja filha, Rosa Caetano Alves (a Dinha) tinha com ela uma amizade de irmãs e era assim que viviam.
Certo dia, o velho João disse para o pai da Luíza:
Certo dia, o velho João disse para o pai da Luíza:
- Compadre, ou a Rosa vai morar com vocês ou a Luíza terá de vir morar conosco. As duas nunca se apartam.Ao que o ex-escravo respondeu:
- De forma alguma, compadre! Eu sou um pobre agregado, mas o sr. é "cafelista". Neste caso a Luíza irá morar em sua casa.
Para a duas "irmãs" não aconteceu mudança alguma, pois tudo continuou como antes.
Certa noite, a Rosa acordou assustada por causa de um barulho estranho que vinha lá de fora. Acordou então a Luíza, que dormia com ela na mesma cama, dizendo: "Vamos ver o que está acontecendo lá fora!". A Luíza, muito medrosa, não quis saber de sair lá fora, mas disse, sem sair da cama, que ficaria olhando-a do alpendre.
A Rosa, valentemente foi ao terreiro. Via, segundo disse, perfeitamente sua companheira olhando-a do alpendre. Mesmo com medo, examinou detidamente todo o ambiente e como nada percebesse de anormal e, movida pelo medo, correu com pressa. Como não via mais a "irmã" que, antes, parecia estar na espreita, avançou para o quarto jogando-se sem nenhum cuidado na cama. Por isso, bateu com violência o cotovelo na Luíza que deixou escapar um "Ai". Então perguntou: "Por que você não continuou me esperando no alpendre?".
- Que alpendre?! Eu nem saí da cama!
- Mas eu vi você olhando de lá!
- Não mesmo! Você me acordou sim, mas mal acordei e dormi de novo!
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