Embora fosse proibido, de um jeito ou de outro, amava fumar escondido e encontrava os lugares mais estranhos para ocultar os produtos de seu vício. A tia Verônica não passava a mão na cabeça de ninguém. Se o apanhasse fumando a tunda (Tunda?! Tunda é uma série de pancadas dadas a alguém como castigo) era terrivelmente severa. Ela fazia constante uso de uma boa vara. Mas estou divagando a toa. Vou contar mais uma que aprontamos, agora com o primo Joubert.
Na parte mais baixa onde morávamos, se encontrava o rancho do Mariano, casado com a d. Brígida, mãe da Lia que, mais tarde, se casou com o Geraldo.
Sempre no meio dos pastos havia trilhas estreitas e, às vezes profundas e cobertas por ramagens pelas quais passava o povo da região. Os moleques costumavam amarrar as ramas das guanxumas para prender os pés dos passantes. A d. Brígida, a quem todos chamavam de Brisa, muito gorda, um dia tropeçou numa dessas armadilhas e levou um tombo colossal. Felizmente nada de mais grave lhe aconteceu.
A d. Brígida, a quem todos chamavam de d. Brisa, muito gorda, um dia tropeçou numa dessas armadilhas e levou um tombo colossal. |
Mas vamos à história do Joubert. O Odonel e eu queríamos assustá-lo com uma armação, feito fantasma, no meio do carreador. Já era noitinha. E lá vinha o Joubert descendo para a casa do Mariano. Nós dois escondidos. Tínhamos feito um amarrado de guanxuma antes da armação. Quando ele viu aquele estrupício - o fantasma - no meio do carreador gritou:
- Ah, cambada de bobos! Pensam que vão me assustar com essa tranqueira?
... tropeçou na armadilha levando aquele senhor tombo! |
Apreciamos tudo em indispensável silêncio a saímos de fininho para não apanhar do primo que era bem mais forte que nós. Guardamos as risadas para bem mais tarde.
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